Eu não sou santo
Se eu fosse santo estava no altar
Um olho no padre e outro na missa, só dando colher de chá
Olha eu fazia milagres
Ajudava os pobres a ganhar na loteca
Dinheiro no morro virava peteca
E as favelas eu ia urbenizar
E também mandava um mensageiro
Ir nas cadeis fazre minha vez
Libertava as vítimas dessa elite bandida
E os ladrõe de gravata metia no xadrez
Eu não sou santo...
Eu só não dava colher
A fim de comédia que só sabe atrasar
Caguete safado eu metia o cacete
E em seguida mandava enforcar
Sim mas para o bom malandro
Que nunca fez e nem faz covardia
Ele eu dava toda regalia
E só ia na boa pra se adiantar
Eu não sou santo...
Eu ainda morava no morro
Meu barraco teria uma linda capela
Onde o povo rezari e acendia vela
Construia escola para as crianças estudarem
E em seguida mandava fazer um cartório e botava o nome do santo bendito
Era preto no branco era tudo bonito
E quem fosse amigado era obrigado a casar
Eu não sou santo...