Vem de mansinho, amor
Que hoje minha alma chora
Amor, eu não vejo a hora
Desse mau tempo passar
Há gente que tenta sorrir atrás das mãos sujas de culpa
Que leveza, que cara de pau
Amor, o rio passou
Terra desabou, foi virando lama
E a vida há tempo esculpida num cartão postal
Sufoca na avareza desses homens maus
Vem de mansinho, amor
Que hoje minha alma chora
Amor, eu não vejo a hora
Do silêncio se esgotar
E o peito que canta e que chora lágrimas de terra e aço
Nos levanta e grita e bota tudo no lugar
Vem de mansinho, amor
Que hoje minha alma chora