Ontem, no cemitério
Ela gritou, gritou muito
Quando fecharam o caixão do seu marido
Ficou histé, histé, histé, histérica
Ontem, no cemitério
Ela gritou, gritou muito
Quando fecharam o caixão do seu marido
Ficou histé, histé, histé, histérica
Blasfemou, 'rancou cabelos
Rogou a Deus que a levasse também
Implorou, rasgou as roupas
Se arrastou gritando entre as estátuas
Que desespero! Ela 'tava desesperada
Seu corpo inteiro 'tava doendo de saudade
Do seu marido, do maridinho adorado
Saudade do maridinho adorado
Ela 'tava com saudade
Anoiteceu e ela ficou ali jogada
A soluçar e quando veio a madrugada
Ela saiu e foi até o Riviera
E se entregou a todo homem que encontrou
Hoje, ela só bebe, nunca esqueceu a sua morte
Vive nos bares e cafés dizendo a todos
"Ele morreu porque pensou, pensou demais"
E ela grita, e ela blasfema
E roga a Deus que leva todos também
(Tchu tchu tchu rah)
Que leva todos também