Eu só quero a música
Essa amante incerta, ingrata
Que me vence e persegue
Mais parece que me mata
Deixo-me encantar
Na cantiga do bandido
Acredito no que diz
Quando faz amor comigo
Logo me sinto tomar
Com fogo e mansidão
Ela pede o que não dá
Cobra em dor e sem razão
És mais forte do que a força
Que me esventra sem quebrar
Dás o sopro tiras fôlego
Não há como te deixar
Quanto mais tomas e prendes
Mais eu tenho para te dar
Abro as portas, desarmada
Para ti, de par em par
Para te fazer a deusa
A reza, o meu altar.