Eu não vim pedir a bênção, eu não vim pedir aval
Eu não vim pedir licença, vim de forma natural
Vim de onde todos nascem quando a sina é o sinal
Vim do vinho e do vinagre, vinde a mim quem é igual
Eu não vou cantar só certo e não vou cantar sozinho
Só pra quem estiver aberto, quem me ver no meu caminho
Onde a onda é passageira, motorista sendo eu
Sendo arte enquanto artista, de um só ninho, meu e seu
Ninho esse que é antigo, ninho esse secular
Bem mais velho que o arquivo que vai nos catalogar
Entre coisas já manjadas, já desditas, blá-blá-blá
Ninho-ovo, ninho-ave, ninguém sabe quem lá está
Ninguém sabe quem lá está
Eu não vim...igual
Eu não fui menino pobre, nem cantei dentro da mãe
Não sou de família nobre, sou o primeiro deste clã
E clandestino, de passagem, sem sotaque nem afã
Geografia brasileira, onde for eu sou seu fã
Ninho esse... lá está