Ao longo da estrada me vem por perto
com o periquito e a gaiola no coração.
Mas, ciganinha, não tenho fortuna,
não sabes que pena as vezes é o amor.
Por pouco dinheiro tu vendes às pessoas
as doces ilusões que enganam o coração,
e existe quem acredite que pelas ruas
comprar se possa a felicidade.
Porque
me queres tentar.
Porque
me queres enganar.
Não se compra a fortuna
pelas ruas da cidade,
como a onda ao claro da lua
a fortuna vem e depois vai.
Joga ao vento o teu folheto,
ciganinha, não reparar
se uma lagrima secreta
sobre meu rosto descerá.
No folheto estava escrito assim,
que o meu coração feliz será.
Quem o disse? Quem o escreveu mentiu,
o futuro ninguém o sabe.
Não se compra a fortuna
pelas ruas da cidade,
como a onda ao claro da lua
a fortuna vem e depois vai.
Não se compra
a fortuna.
Não se compra
a felicidade.
Não se compra a fortuna
pelas ruas da cidade,
como a onda ao claro da lua
a fortuna vem e depois vai.
Não se compra
a fortuna.
Não se compra
a felicidade.
Não se compra a felicidade!