Debaixo da saia dela
Tem um pé de jacarandá
Tem fruta do ingazeiro, menino
Tem janela pro mundo inteiro, menino
Debaixo da saia dela
Tem tam tam e tamborim
Beleza de Portinari
Certeza de felicidade
No sábado cedo desci a ladeira
E vi o menino, parecia de cera
Apaixonado, inebriado
Montou barraco naquela esquina
A primeira vez que a moça passou
Comprou picolé do seu carrinho
O pobre do menino criou raiz
Não saia de lá nem para ir ao banheiro
Os olhos compridos esperando a moça
Corpo desossado, a roupa torta
Esperando a moça virar a esquina
Paralisado, comida de mosquito
A saia comprida que ela vestia
Eu fascinava e ele me perguntou
O que ela leva, Dona
Embaixo daquela saia com tanto cuidado
Chamei o pai, chamei a mãe
Ninguém tirou ele de lá
Chamei o pai, chamei a mãe
Ninguém tirou ele de lá
Os olhos compridos esperando a moça
Corpo desossado, a roupa torta
Esperando a moça virar a esquina
Paralisado, comida de mosquito
A saia comprida que ela vestia
O fascinava e ele me perguntou
O que ela leva, Dona
Embaixo daquela saia com tanto cuidado
Os olhos compridos esperando a moça
Corpo desossado, a roupa torta
Esperando a moça virar a esquina
Paralisado, comida de mosquito
A saia comprida que ela vestia
O fascinava e ele me perguntou
O que ela leva, Dona
Embaixo daquela saia com tanto cuidado
E eu falei
Debaixo da saia dela
Tem um pé de jacarandá
Tem fruta do ingazeiro, menino
Tem janela pro mundo inteiro, menino
Debaixo da saia dela
Tem tam tam e tamborim
Beleza de Portinari
Certeza de felicidade
Chamei o pai, chamei a mãe
Ninguém tirou ele de lá
Chamei o pai, chamei a mãe
Ninguém tirou ele de lá