Saltar até morrer,
Eu quero ver-te saltar até morrer,
Sempre à tua maneira,
E acordar sem nada a temer.
Até que as teias de luz
Te façam sair deste lugar.
E mesmo que sem voltar
Te possa sentir num outro lugar.
E quando a tua cor
Me transformar em dor
Escondo-me em sono,
Para que mesmo de olhos fechados
Eu te possa ver.
Sem medo de transpirar,
Sem culpa para arrastar deste lugar
Até que te faças ir,
Que te faças ouvir,
Para nunca lembrar.
E quando mesmo quase lá no alto,
Nesse salto-viagem,
Conseguires ver com olhos
De quem pintou o céu de azul,
És mar, és chama, és filtro sem senão, solta de razão,
És sede de quebrar, és nada e tudo o mais.
És parte de mim.
És parte de mim.
És mais do que isso,
És parte de mim.